domingo, 27 de agosto de 2023

Travessias Literárias do Escritor Carvalho Neto


Literatura na Cidade Sol

Jequié é conhecida como Cidade Sol, um município brasileiro no interior e sudoeste do estado da Bahia. Está situado a 365 km de Salvador, na zona limítrofe entre a caatinga e a zona da mata. O dito popular mais comum é que a cidade oferta um sol para cada habitante. No chão árido da caatinga, a literatura, a arte e a poesia é incandescente. 

       Do mesmo solo de Waly Salomão, germinam escritores, poetas, romancistas. No mesmo território solar descrito por Waly em Janela de Marinette," cidade dura e arreganhada para o sol" 
  a literatura e a arte florescem e frutificam. 

Pedro Anselmo ou Carvalho Neto nos presenteia com sua escrita, dentre outras publicações, a mais recente, em 2ª edição: Plástico Bolha



Conheçam Carvalho Neto, por ele mesmo:




Credenciais de partejamento:

Pedro Anselmo carvalho neto, 16 de dezembro de 1974 — primeiro berro registrado em cartório — rebento de Maria Vandete Guerreira e Samuel Quadro Galego, pai de outro em ouro Pedro, Colavolpe Carvalho, prometido e cumprido — comprometido — de Rita Zuleika Professora, nordestino, sertão baiano, da paragem de olho enorme-brilhante-latejante, Cidade Sol, também apelidada de Jequié, erê bonitim solto no velame no quase sítio que era o Jequiezinho por ali perto da Manga de Aprígio e do barreiro-olaria indo já para a Franz Gedeon. Aí cresceu.

Do estirão:

Estudante rapadura do Colégio Fernando Barreto e do Polivalente Edvaldo Boaventura, da irmandade estadual, aprendeu de um tudo que foi do bê-á-bá ao noves fora nada, passando pela latitude-longitude nome de rio afluentes que nunca conheceu, e quem descobriu o Brasil foi Pedro Álvares Cabral, mentira! não descobriu, invadiu, pouca saúde, muita saúva, os males do Brasil são, estudou o verbo to be i love you, não ouviu ninguém dizer na aula de ciências que menino tem pênis e menina é vagina, procurou na oração o sujeito escondido e, pior ainda, o inexistente, e declamou fazendo gestos caras e bocas a Canção do Exílio, ô sabiá da minha terra que o estudante em questão conhecia mesmo era só o urubu. E tudo valeu a pena, porque navegar é preciso. Foi aí que se graduou em Letras Vernáculas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e partiu para outro sertão — o sertão é o mundo — no mestrado acadêmico em Literatura e Diversidade Cultural pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Que beleza! Na labuta diária pela educação e libertação de cucas, é porta-voz de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, tudo inculta e bela, nas redes pública e particular, desde 1900elávaifumaça. Atualmente exerce a lida no histórico Centro Estadual de Ensino Profissional Régis Pacheco, que nasceu Instituto de Educação Régis Pacheco (IERP), em 1948, e lá se vai é tempo.

Do escritamento:

Da boa ancestralidade literária jequieense, benzida e banhada de flores e ervas por Pacífico Ribeiro e Waly Salomão — tira a quinzanga do corpo, já tirou! —, se meteu a escrever torto por linhas tronchas as histórias de Gente. Boa-ruim-doida-besta-sabida-branca-velha-nova-pobre-preta-rica-etc-e-tal. Gente é o que não falta. O tema é sempre assim: Gente! E isso dá um pano pra manga comprimida que tem Gente que não faz nem ideia. E nessa geleia geral, que se fale bem ou que se fale mal, lá nas areias infindas, das palmeiras no país, nasceram crianças lindas, viveram moças gentis, e crianças feias e raparigas hostis, e homem bom e tanto sujeito infeliz No caminho de volta e Protetor ocular para eclipse parcial, aí contados em contos, pode aumentar um ponto, e Casa pétrea de dois alpendres, Plástico bolha e Quando nos observam, nesses pode aumentar até mais, vai caber — romances.  

Credenciais de termo:

"Autobiografia em terceira pessoa, digna de total desconfiança. 

Mais não digo."

Fonte: Arquivos pessoais de Pedro Anselmo.

Os títulos estão à venda: com o autor, pelo Instagram @p.carvalhoneto 

Na Editora Penalux : Quando nos Observam e  Plástico Bolha. 

Todas obras do autor estão disponíveis em e-books na Amazon https://www.amazon.com.br/Pl%C3%A1stico-bolha-Carvalho-Neto-ebook/dp/B07Z8J1NRS 


Fabiana Moura (@fabiiana.moura)

Pedagoga, Escritora, Colunista do Travessias.

 




sexta-feira, 4 de agosto de 2023

Travessias Poéticas com Júlio Lucas

 

 


Acervo pessoal: Júlio Lucas

O grande escritor e poeta concede sua história ao Travessias. Uma costura de memórias e afetos.

Caçula de oito irmãos, filho de pernambucanos, Júlio Lucas (Júlio Pereira Lucas Neto) nasceu no ano de 1968 em Paulo Afonso (Ba). Pai de Caíque e Caio, vive há 14 anos com Lana Bartilote, ardorosa ativista dos direitos da criança e do adolescente. 

Lucas é escritor/poeta, produtor, roteirista e editor brasileiro, radicado há duas décadas em Jequié (no Sudoeste baiano). Autor de Novamente Poesia, (Ponto e Vírgula) – lançado na 10ª Bienal do Livro da Bahia (2011) - e de Radiografismos e outros poemas de morte e vida, (Editora NóCego). Este, lançado em janeiro de 2022, em Jequié e, posteriormente, no tradicional restaurante Cantina da Lua, no Terreiro de Jesus (Pelourinho), seguido de sessões de autógrafos em outras ocasiões.

Presença constante como convidado em eventos como a Flipelô - Festa Literária Internacional do Pelourinho; os Saraus da Pedra Só, em Iramaia; Flipa - Festival Literário de Paulo Afonso; e Feslam – Festa Literária de Amargosa.

Além da Poesia, trabalho artístico ao qual mais se dedica, tem contos, romance e peça teatral, ainda inéditos. Possui publicações em jornais, revistas, coletâneas, sites e blogs de literatura. Seu conto "A mutação" foi selecionado em 2021 para a antologia de contos, Entre baratas e processos (Editora Persona, Curitiba). Prepara para breve a publicação do romance O Portal do Raso. Atuante nas redes sociais, produz com frequência conteúdos artístico-culturais, à exemplo dos vídeos #PausaparaPoesia, e tem sido convidado para falar dos seus trabalhos em lives. 

Atual presidente da Academia de Letras de Jequié (ALJ), administra a Biblioteca Luiz Neves Cotrim, do Museu Histórico João Carlos Borges, e atua como produtor cultural. Conduziu a Diretoria de Comunicação do Município nos anos 2009 e 2010 e a editoria da Revista Muito Mais por quatro anos. Dirigiu o Jornal Actual, fundou o Correio do Interior e colaborou nos impressos Café com Leite, Novos Tempos, Outro papo, Revista Cidades em Foco. Tem poemas em haicais quadrinizados pelo cartunista Edú Santana na revista Come-Comix. É o criador de um dos primeiros sites da região sudoeste da Bahia, Correio do Interior Online e do blog Miscelânea, por Júlio Lucas.

Realizou por quatro anos Estação Poesia em parceria com o poeta e jornalista José Inácio Vieira de Melo. Os saraus lítero-musicais apresentaram nomes reconhecidos nacionalmente, como Salgado Maranhão, Alexandre Brito, Omar Salomão, Cacau Novaes, Márcio Catunda, Enrico Di Miceli, Joãozinho Gomes, Thiago Amud, Eliakin Rufino, Chico de Assis, entre outros. Foi curador da exposição pública Waly Aqui: Algaravias – Janela de Marinetti, em homenagem ao poeta Waly Dias Salomão, atraindo mais de dez mil visitantes ao Museu Histórico de Jequié em 2017. Coordenou e apresentou o projeto Feira da Poesia, pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura, em 2003.

Idealista, desde adolescente, foi criador de fanzines e participante de bandas no cenário alternativo da capital baiana nos anos 80, como letrista e produtor do Sinal Vermelho, e vocalista da Regicídio e Olhos de Poeta. Em meados de 90 fundou com amigos o Bando Batida Seca, grupo ponta de lança da cena cultural de Paulo Afonso conhecida como Novo Cangaço Cult. Movimento que agitou o meio cultural da região contando com a adesão de outros grupos e apoio colaborativo de jornalistas, publicitários, músicos, artesãos

Como compositor, possui outras parcerias musicais, incluindo o pernambucano Manno di Sousa, o violonista, cantor e compositor da região amazônica, Enrico Di Micelli, o grupo de jazz-rock fusion, Verbo Sonoro, e a banda de reggae Jequieense Mandacaruts.

Na TV, Júlio Lucas foi roteirista e produtor do programa Muito Prazer, Álvaro Guimarães (TV Aratu / CNT), em meados dos anos 90. Na época,  juntamente com os publicitários Rogério Xavier e Sérgio Guerra, realizou um documentário sobre Paulo Afonso com dois episódios exibidos em rede nacional. Desde então dirige clipes, documentários e vídeos institucionais para segmentos diversos (artístico, empresarial, público). Criou diversas campanhas para rádio, TV, impressos e outdoor nas agências Rush Produções e Publicidades, Moura Marketing e Propaganda e Nexmídia.

Multimídia e autodidata, apresentou por mais de uma década o Tribos do Rock, na 105 Jequié FM, onde também foi âncora do programa de jornalismo Café com Notícias. Como designer, diagramou jornais e revistas e elaborou diversas capas de livros, a saber: III e IV Concursos Literários da ALJ: Prêmio Eusínio Soares de Literatura Brasileira (2002) e Prêmio Waly Salomão (2008); Jequié - Síntese Histórica e Informativa (2011), Minidicionário Brasileiro da Língua Portuguesa (2012) e Baianês de A a Z - Dicionário do Falar Baiano (2016), do lexicógrafo Dermival Rios; Procura-se a poesia (2014), de Márcia Rúbia; e seus próprios livros: Novamente Poesia e Radiografismos.

 

Fabiana Moura

Professora, Pedagoga, Escritora.

Professor da Rede Estadual é semifinalista do Prêmio Oceanos

  RESSURGÊNCIAS do professor e escritor jequieense José Manoel Ribeiro semifinalista do Prêmio Oceanos 2024 Imagine um livro que ressurge da...