Literatura na Cidade Sol
Jequié é conhecida como Cidade Sol, um município brasileiro no interior e sudoeste do estado da Bahia. Está situado a 365 km de Salvador, na zona limítrofe entre a caatinga e a zona da mata. O dito popular mais comum é que a cidade oferta um sol para cada habitante. No chão árido da caatinga, a literatura, a arte e a poesia é incandescente.
Credenciais
de partejamento:
Pedro
Anselmo carvalho neto, 16 de dezembro de 1974 — primeiro berro
registrado em cartório — rebento de Maria Vandete Guerreira e Samuel Quadro
Galego, pai de outro em ouro Pedro, Colavolpe Carvalho, prometido e cumprido —
comprometido — de Rita Zuleika Professora, nordestino, sertão baiano, da
paragem de olho enorme-brilhante-latejante, Cidade Sol, também apelidada de Jequié,
erê bonitim solto no velame no quase sítio que era o Jequiezinho por ali perto
da Manga de Aprígio e do barreiro-olaria indo já para a Franz Gedeon. Aí cresceu.
Do
estirão:
Estudante
rapadura do Colégio Fernando Barreto e do Polivalente Edvaldo Boaventura, da irmandade
estadual, aprendeu de um tudo que foi do bê-á-bá ao noves fora nada, passando
pela latitude-longitude nome de rio afluentes que nunca conheceu, e quem
descobriu o Brasil foi Pedro Álvares Cabral, mentira! não descobriu, invadiu, pouca
saúde, muita saúva, os males do Brasil são, estudou o verbo to be i love
you, não ouviu ninguém dizer na aula de ciências que menino tem pênis e menina
é vagina, procurou na oração o sujeito escondido e, pior ainda, o inexistente,
e declamou fazendo gestos caras e bocas a Canção do Exílio, ô sabiá da minha
terra que o estudante em questão conhecia mesmo era só o urubu. E tudo valeu a
pena, porque navegar é preciso. Foi aí que se graduou em Letras Vernáculas pela
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e partiu para outro sertão —
o sertão é o mundo — no mestrado acadêmico em Literatura e Diversidade Cultural
pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Que beleza! Na labuta
diária pela educação e libertação de cucas, é porta-voz de Língua Portuguesa e
Literatura Brasileira, tudo inculta e bela, nas redes pública e particular,
desde 1900elávaifumaça. Atualmente exerce a lida no histórico Centro Estadual
de Ensino Profissional Régis Pacheco, que nasceu Instituto de Educação Régis
Pacheco (IERP), em 1948, e lá se vai é tempo.
Do
escritamento:
Da
boa ancestralidade literária jequieense, benzida e banhada de flores e ervas
por Pacífico Ribeiro e Waly Salomão — tira a quinzanga do corpo, já tirou! —,
se meteu a escrever torto por linhas tronchas as histórias de Gente. Boa-ruim-doida-besta-sabida-branca-velha-nova-pobre-preta-rica-etc-e-tal.
Gente é o que não falta. O tema é sempre assim: Gente! E isso dá um pano pra
manga comprimida que tem Gente que não faz nem ideia. E nessa geleia geral, que
se fale bem ou que se fale mal, lá nas areias infindas, das palmeiras no
país, nasceram crianças lindas, viveram moças gentis, e crianças feias e
raparigas hostis, e homem bom e tanto sujeito infeliz No caminho de volta e
Protetor ocular para eclipse parcial, aí contados em contos, pode aumentar
um ponto, e Casa pétrea de dois alpendres, Plástico bolha e Quando
nos observam, nesses pode aumentar até mais, vai caber — romances.
Credenciais
de termo:
"Autobiografia em terceira pessoa, digna de total desconfiança.
Mais não digo."
Fonte: Arquivos pessoais de Pedro Anselmo.
Os títulos estão à venda: com o autor, pelo Instagram @p.carvalhoneto
Na Editora Penalux : Quando nos Observam e Plástico Bolha.
Todas obras do autor estão disponíveis em e-books na Amazon https://www.amazon.com.br/Pl%C3%A1stico-bolha-Carvalho-Neto-ebook/dp/B07Z8J1NRS
Fabiana Moura (@fabiiana.moura)
Pedagoga, Escritora, Colunista do Travessias.
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