sexta-feira, 4 de agosto de 2023

Travessias Poéticas com Júlio Lucas

 

 


Acervo pessoal: Júlio Lucas

O grande escritor e poeta concede sua história ao Travessias. Uma costura de memórias e afetos.

Caçula de oito irmãos, filho de pernambucanos, Júlio Lucas (Júlio Pereira Lucas Neto) nasceu no ano de 1968 em Paulo Afonso (Ba). Pai de Caíque e Caio, vive há 14 anos com Lana Bartilote, ardorosa ativista dos direitos da criança e do adolescente. 

Lucas é escritor/poeta, produtor, roteirista e editor brasileiro, radicado há duas décadas em Jequié (no Sudoeste baiano). Autor de Novamente Poesia, (Ponto e Vírgula) – lançado na 10ª Bienal do Livro da Bahia (2011) - e de Radiografismos e outros poemas de morte e vida, (Editora NóCego). Este, lançado em janeiro de 2022, em Jequié e, posteriormente, no tradicional restaurante Cantina da Lua, no Terreiro de Jesus (Pelourinho), seguido de sessões de autógrafos em outras ocasiões.

Presença constante como convidado em eventos como a Flipelô - Festa Literária Internacional do Pelourinho; os Saraus da Pedra Só, em Iramaia; Flipa - Festival Literário de Paulo Afonso; e Feslam – Festa Literária de Amargosa.

Além da Poesia, trabalho artístico ao qual mais se dedica, tem contos, romance e peça teatral, ainda inéditos. Possui publicações em jornais, revistas, coletâneas, sites e blogs de literatura. Seu conto "A mutação" foi selecionado em 2021 para a antologia de contos, Entre baratas e processos (Editora Persona, Curitiba). Prepara para breve a publicação do romance O Portal do Raso. Atuante nas redes sociais, produz com frequência conteúdos artístico-culturais, à exemplo dos vídeos #PausaparaPoesia, e tem sido convidado para falar dos seus trabalhos em lives. 

Atual presidente da Academia de Letras de Jequié (ALJ), administra a Biblioteca Luiz Neves Cotrim, do Museu Histórico João Carlos Borges, e atua como produtor cultural. Conduziu a Diretoria de Comunicação do Município nos anos 2009 e 2010 e a editoria da Revista Muito Mais por quatro anos. Dirigiu o Jornal Actual, fundou o Correio do Interior e colaborou nos impressos Café com Leite, Novos Tempos, Outro papo, Revista Cidades em Foco. Tem poemas em haicais quadrinizados pelo cartunista Edú Santana na revista Come-Comix. É o criador de um dos primeiros sites da região sudoeste da Bahia, Correio do Interior Online e do blog Miscelânea, por Júlio Lucas.

Realizou por quatro anos Estação Poesia em parceria com o poeta e jornalista José Inácio Vieira de Melo. Os saraus lítero-musicais apresentaram nomes reconhecidos nacionalmente, como Salgado Maranhão, Alexandre Brito, Omar Salomão, Cacau Novaes, Márcio Catunda, Enrico Di Miceli, Joãozinho Gomes, Thiago Amud, Eliakin Rufino, Chico de Assis, entre outros. Foi curador da exposição pública Waly Aqui: Algaravias – Janela de Marinetti, em homenagem ao poeta Waly Dias Salomão, atraindo mais de dez mil visitantes ao Museu Histórico de Jequié em 2017. Coordenou e apresentou o projeto Feira da Poesia, pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura, em 2003.

Idealista, desde adolescente, foi criador de fanzines e participante de bandas no cenário alternativo da capital baiana nos anos 80, como letrista e produtor do Sinal Vermelho, e vocalista da Regicídio e Olhos de Poeta. Em meados de 90 fundou com amigos o Bando Batida Seca, grupo ponta de lança da cena cultural de Paulo Afonso conhecida como Novo Cangaço Cult. Movimento que agitou o meio cultural da região contando com a adesão de outros grupos e apoio colaborativo de jornalistas, publicitários, músicos, artesãos

Como compositor, possui outras parcerias musicais, incluindo o pernambucano Manno di Sousa, o violonista, cantor e compositor da região amazônica, Enrico Di Micelli, o grupo de jazz-rock fusion, Verbo Sonoro, e a banda de reggae Jequieense Mandacaruts.

Na TV, Júlio Lucas foi roteirista e produtor do programa Muito Prazer, Álvaro Guimarães (TV Aratu / CNT), em meados dos anos 90. Na época,  juntamente com os publicitários Rogério Xavier e Sérgio Guerra, realizou um documentário sobre Paulo Afonso com dois episódios exibidos em rede nacional. Desde então dirige clipes, documentários e vídeos institucionais para segmentos diversos (artístico, empresarial, público). Criou diversas campanhas para rádio, TV, impressos e outdoor nas agências Rush Produções e Publicidades, Moura Marketing e Propaganda e Nexmídia.

Multimídia e autodidata, apresentou por mais de uma década o Tribos do Rock, na 105 Jequié FM, onde também foi âncora do programa de jornalismo Café com Notícias. Como designer, diagramou jornais e revistas e elaborou diversas capas de livros, a saber: III e IV Concursos Literários da ALJ: Prêmio Eusínio Soares de Literatura Brasileira (2002) e Prêmio Waly Salomão (2008); Jequié - Síntese Histórica e Informativa (2011), Minidicionário Brasileiro da Língua Portuguesa (2012) e Baianês de A a Z - Dicionário do Falar Baiano (2016), do lexicógrafo Dermival Rios; Procura-se a poesia (2014), de Márcia Rúbia; e seus próprios livros: Novamente Poesia e Radiografismos.

 

Fabiana Moura

Professora, Pedagoga, Escritora.

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