O grande escritor e poeta concede sua história ao Travessias. Uma costura de memórias e afetos.
Caçula
de oito irmãos, filho de pernambucanos, Júlio
Lucas (Júlio Pereira Lucas Neto) nasceu no ano de 1968 em Paulo Afonso (Ba).
Pai de Caíque e Caio, vive há 14 anos com Lana Bartilote, ardorosa ativista dos
direitos da criança e do adolescente.
Lucas é
escritor/poeta, produtor, roteirista e editor
brasileiro, radicado há duas décadas em Jequié (no Sudoeste baiano). Autor de Novamente Poesia, (Ponto e
Vírgula) – lançado na 10ª Bienal do Livro da Bahia
(2011) - e de Radiografismos e outros poemas de morte e vida, (Editora
NóCego). Este, lançado em janeiro de 2022, em Jequié e, posteriormente, no
tradicional restaurante Cantina da Lua, no Terreiro de Jesus (Pelourinho),
seguido de sessões de autógrafos em outras ocasiões.
Presença
constante como convidado em eventos como a Flipelô - Festa Literária Internacional do Pelourinho; os Saraus da
Pedra Só, em Iramaia; Flipa - Festival
Literário de Paulo Afonso; e Feslam – Festa Literária de Amargosa.
Além da
Poesia, trabalho artístico ao qual mais se dedica, tem contos, romance e peça teatral,
ainda inéditos. Possui publicações em jornais,
revistas, coletâneas, sites e blogs de literatura. Seu conto "A
mutação" foi selecionado em 2021 para a antologia de contos, Entre
baratas e processos (Editora Persona, Curitiba). Prepara
para breve a publicação do romance O Portal do Raso. Atuante nas redes
sociais, produz com frequência conteúdos artístico-culturais, à exemplo dos
vídeos #PausaparaPoesia, e tem sido convidado para falar dos seus trabalhos em
lives.
Atual presidente da Academia de Letras de Jequié (ALJ), administra a Biblioteca
Luiz Neves Cotrim, do Museu Histórico João Carlos Borges, e atua como produtor
cultural. Conduziu a Diretoria de Comunicação do Município nos anos 2009 e 2010
e a editoria da Revista Muito Mais
por quatro anos. Dirigiu o
Jornal Actual, fundou o Correio do Interior e colaborou nos impressos Café
com Leite, Novos Tempos, Outro papo, Revista
Cidades em Foco. Tem poemas em
haicais quadrinizados pelo cartunista Edú Santana na revista Come-Comix. É o criador de um dos
primeiros sites da região sudoeste da Bahia, Correio do Interior Online e do blog Miscelânea, por Júlio Lucas.
Realizou por quatro anos Estação Poesia em parceria com o poeta e jornalista José Inácio
Vieira de Melo. Os saraus lítero-musicais
apresentaram nomes reconhecidos nacionalmente, como Salgado Maranhão, Alexandre
Brito, Omar Salomão, Cacau Novaes, Márcio Catunda, Enrico Di Miceli, Joãozinho
Gomes, Thiago Amud, Eliakin Rufino, Chico de Assis, entre outros. Foi curador
da exposição pública Waly Aqui:
Algaravias – Janela de Marinetti, em homenagem ao poeta Waly Dias Salomão,
atraindo mais de dez mil visitantes ao Museu Histórico de Jequié em 2017.
Coordenou e apresentou o projeto Feira da Poesia, pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura, em 2003.
Idealista, desde adolescente, foi criador de fanzines e participante de bandas no
cenário alternativo da capital baiana nos anos
80, como letrista e produtor do Sinal
Vermelho, e vocalista da Regicídio e
Olhos de Poeta. Em meados de
90 fundou com amigos o Bando Batida Seca,
grupo ponta de lança da cena cultural de Paulo Afonso conhecida como Novo Cangaço Cult. Movimento que agitou o meio cultural da região contando
com a adesão de outros grupos e apoio colaborativo de jornalistas, publicitários,
músicos, artesãos…
Como compositor, possui outras parcerias musicais,
incluindo o pernambucano Manno di Sousa, o violonista, cantor e
compositor da região amazônica, Enrico Di Micelli, o grupo de jazz-rock fusion,
Verbo Sonoro, e a banda de reggae
Jequieense Mandacaruts.
Na TV, Júlio Lucas foi roteirista e produtor do
programa Muito Prazer, Álvaro
Guimarães (TV Aratu / CNT), em meados dos anos 90. Na época, juntamente
com os publicitários Rogério Xavier e Sérgio Guerra, realizou um documentário sobre Paulo Afonso com dois episódios
exibidos em rede nacional. Desde então dirige
clipes, documentários e vídeos institucionais para segmentos diversos
(artístico, empresarial, público). Criou diversas campanhas para rádio, TV,
impressos e outdoor nas agências Rush Produções e Publicidades, Moura Marketing
e Propaganda e Nexmídia.
Multimídia e autodidata, apresentou por mais de uma década
o Tribos do Rock, na 105 Jequié
FM, onde também foi âncora do programa de jornalismo Café com Notícias. Como designer, diagramou jornais e revistas e
elaborou diversas capas de livros, a saber: III e IV Concursos Literários da ALJ: Prêmio Eusínio Soares de
Literatura Brasileira (2002) e Prêmio
Waly Salomão (2008); Jequié - Síntese
Histórica e Informativa (2011), Minidicionário
Brasileiro da Língua Portuguesa (2012) e Baianês de A a Z - Dicionário do Falar Baiano (2016), do lexicógrafo Dermival Rios; Procura-se a poesia (2014), de Márcia
Rúbia; e seus próprios livros: Novamente
Poesia e Radiografismos.